Os bancários rejeitaram ontem a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e mantiveram a greve, que completa nove dias hoje. A Fenaban propôs 9% de reajuste para os trabalhadores que recebem até R$ 1.500, 9% também no piso salarial, mas mantiveram os 7,5% de reajuste para as demais faixas salariais.

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Já os trabalhadores reivindicam um índice único, que seria de 13,23% de reajuste salarial – 5% de aumento real e o restante de reposição inflacionária. Por conta do impasse, a Fenaban e o Comando Nacional de Greve decidiram fazer uma nova rodada de negociação, hoje, a partir das 11 horas, em São Paulo.

Ontem, das 369 agências bancárias de Curitiba, 149 ficaram fechadas. No dia anterior, quarta-feira, havia 184 agências em greve. Das 149, 52 são do Banco do Brasil, 46, da Caixa Econômica, e 51 são de bancos privados.

Ontem pela manhã, os grevistas da capital fizeram mais um ato em frente ao Bradesco da Marechal Deodoro. Eles explicaram à população o porquê da paralisação e falaram a respeito dos interditos proibitórios conseguidos por alguns bancos – o Bradesco, o Itaú e, ontem, o Santander – na Justiça. Com os interditos, esses bancos conquistaram o direito de manter os serviços.

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Já o HSBC, segundo informações do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), ainda não conseguiu o interdito. O TRT informou que a Justiça quer ouvir o sindicato também, para somente depois tomar uma decisão.

Quem precisa fazer alguns procedimentos bancários pode utilizar os caixas-eletrônicos dos bancos, as lotéricas e as agências dos Correios. Além dos 13,23% de reajuste real, os bancários também querem aumento no vale-refeição (de R$ 14,72 para R$ 17,50) e aumento no piso de R$ 1.287,73 para R$ 2.074. Eles pedem ainda mais contratações e mais segurança nas agências. Os bancários afirmam que os 7,5% significam apenas 0,3% de aumento real.

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