Seis agências bancárias do centro de Curitiba foram alvo de protestos por parte do sindicato da categoria. Com faixas afixadas em frente à porta de entrada dos estabelecimentos, os sindicalistas impediram que a maioria dos trabalhadores entrassem. O objetivo era chamar a atenção para a campanha salarial dos bancários, que foi lançada dia 18 de junho, mas que até agora não recebeu nenhuma contra-proposta.
Segundo a presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região Metropolitana – que representa 13,5 mil trabalhadores – Marisa Stédile, a categoria está pleiteando um reajuste salarial de 25%. “Esse índice cobriria as perdas da inflação do período – que foi de cerca de 7% – e daria um aumento real aos salários”, disse Marisa. No ano passado os bancários tiveram 12,6% de reajuste, e mais um abono de R$ 1,5 mil.
Outra proposta defendida pelo sindicato é ampliação do horário de atendimento das agências bancárias. Hoje os bancos oferecem atendimento ao público das 10h às 14h. A proposta é que ele seja ampliado das 9h às 17h. Com isso, diz Marisa, seria possível ampliar o número de contratações criando 150 mil novas vagas no setor em todo o Brasil. De acordo com a presidente do sindicato, isso iria equacionar as 190 mil demissões ocorridas nos últimos dez anos.
Os bancários têm data-base no mês de setembro, mas as negociações foram antecipadas. Essa estratégia, diz a sindicalista, é para chegar em setembro com as propostas fechadas. Desde o lançamento da campanha salarial já ocorrem três reuniões entre o sindicato e representantes dos bancos, mas até agora, nenhum ponto da pauta de reivindicações foi fechado.
