A partir de hoje, bancários de Curitiba e região metropolitana (RMC) estão em greve por tempo indeterminado. A paralisação foi aprovada ontem, em assembléia realizada pela categoria em Curitiba, após orientação do comando nacional dos bancários, responsável por negociar as reivindicações da campanha salarial com os bancos.

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Cerca de 600 pessoas estiveram presentes e confirmaram a decisão. O auto-atendimento nos caixas eletrônicos continua funcionando, com exceção da função de depósito, já que os bancários devem retirar os envelopes.

A orientação foi dada após o fracasso de um acordo com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e das negociações serem encerradas. No momento, não há indicativo de uma resposta dos bancos, segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, Otávio Dias. “Estamos sem expectativas de uma resposta da Fenaban. Os banqueiros estão pagando pra ver a greve nacional da categoria”, afirmou.

Mesmo após a paralisação de 24 horas organizada na semana passada em 12 estados, não houve avanço nas negociações. Em Curitiba e região, a paralisação atingiu 143 agências e oito centros administrativos, de acordo com o sindicato.

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Pelo menos três estados (Pernambuco, Maranhão e Rio Grande do Norte), além de Bauru, Brasília e Salvador, já aderiram à greve por tempo indeterminado desde a semana passada. O movimento deve crescer em outras cidades também a partir de hoje.

A categoria reivindica reajuste salarial de 13,23% (5% de aumento real mais a inflação do período desde o último reajuste); melhoria na participação de lucros e resultados e aumento progressivo do piso salarial, até atingir R$ 2.074, valor proposto pelo Dieese, além do aumento de contratações e intensificação da segurança bancária. A proposta da Fenaban, já rejeitada pelo comando nacional grevista, foi de reajuste de 7,5%, com apenas 0,3% de ganho real.

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O sindicato reclama da postura intransigente da direção dos bancos. “Além de apresentar um reajuste muito aquém da nossa reivindicação, ainda ameaçaram reduzir conquistas históricas, como o vale-transporte; o auxílio-creche e babá e a alteração na cláusula de estabilidade da pré-aposentadoria do bancário”, disse Dias. São cerca de 18 mil bancários em Curitiba e região. Em todo o Paraná, o número de funcionários chega a mais de 23,5 mil e, em todo o País, 450 mil.

Reivindicações