Bancários decidem greve na quarta-feira

Bancários de Curitiba vão aguardar até a próxima quarta-feira, dia 4, para decidir se vão deflagrar greve por tempo indeterminado. A espera atende à proposição do Comando Nacional dos Bancários, que se reunirá com representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) um dia antes, em São Paulo. Será a sétima rodada de negociação. A expectativa dos trabalhadores é que a entidade melhore a proposta de reajuste salarial de 2%, apresentada na última quarta-feira.

?Algumas capitais já entraram em greve por tempo indeterminado, como Porto Alegre, Brasília. Nós iremos aguardar algumas questões e decidir apenas depois de ouvir a proposta da Fenaban?, explicou o secretário-geral do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, Antonio Luiz Fermino. ?Foram eles (Fenaban) que chamaram para a reunião de terça-feira. Pode ser que tenham alguma proposta a apresentar.?

Segundo Antonio Fermino, novas ?mobilizações-surpresa? poderão ocorrer, a exemplo da semana passada, quando diversas agências da área central de Curitiba tiveram a abertura atrasada em duas horas. A paralisação também atingiu prédios administrativos, como o do HSBC, na Vila Hauer, e da Caixa Econômica Federal, na Praça Carlos Gomes.

A assembléia em Curitiba será realizada às 19 horas, na Sociedade Thalia (Comendador Araújo, 338). A expectativa é que a greve já inicie na quinta-feira (dia 5).

Negociações

Os bancários estão negociando com a Fenaban desde o dia 10 de agosto. Eles pedem reposição integral da inflação acumulada nos últimos 12 meses (2,85%), aumento real de 7,05% e melhoria da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Os bancos, inicialmente, ofereceram índice zero de reajuste para este e para os dois próximos anos. Na semana passada, foi apresentada a primeira proposta econômica, que foi rejeitada pela categoria.

Segundo a Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), dos 108 sindicatos filiados, nove pararam ontem: Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Pernambuco, Bahia, Florianópolis, Maranhão, Rio Grande do Norte. Na Bahia e Porto Alegre, a greve atinge apenas o BB e a Caixa. Nas demais bases o movimento grevista parou também as agências dos bancos privados. 

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