O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região continua em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia no final da tarde desta sexta-feira, na sede do sindicato, no centro da capital paulista. Hoje é o nono dia de paralisação dos grevistas que reivindicam aumento salarial e discordam da nova proposta de pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Não há uma nova data para nova conversa entre as partes.

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A decisão foi tomada pelo sindicato depois de um segundo dia de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Tanto hoje como ontem, os representantes dos grevistas e dos banqueiros sentaram para discutir as reivindicações, mas não chegaram a um acordo. Segundo os bancários, as negociações não avançaram porque a Fenaban insiste em manter as regras da PLR, que prevê pagamento de 1,5 salário, limitado a R$ 10 mil e a 4% do lucro líquido do banco.

A Fenaban divulgou nota no começo da noite, informando que, após exaustivas discussões, “as posições ainda apresentavam diferenças que precisam ser reduzidas para se chegar a um acordo final, dado que as alterações indicadas pelos sindicatos não estão adequadas à fórmula de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) construída em conjunto em 2006 e vigente até agora”.

As negociações continuam em aberto, uma vez que as partes estão avaliando os resultados das reuniões realizadas nesta semana. Os bancários reivindicam 10% de reajuste salarial (sendo 5% de aumento real), Participação nos Lucros e Resultados (PLR) composta pelo pagamento de três salários, acrescidos de valor fixo de R$ 3.850.

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No ano passado, os bancários receberam até 2,2 salários limitado a R$ 13.862. Pela regra em vigor, os bancos têm que distribuir entre 5% e 15% de seu lucro liquido, mas propuseram diminuir o teto para 4% do lucro líquido. Em 2008, os bancários receberam até R$ 1.980 de valor adicional à PLR. Se os bancários aceitassem a atual proposta da Fenaban, esse valor adicional seria de até R$ 1.500.

Os trabalhadores também pedem a inclusão na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de uma cláusula de proteção ao emprego em caso de fusão. Os bancários exigem ainda o fim do assédio moral e das metas abusivas, práticas que provocam o adoecimento dos trabalhadores.

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