Os bancários de Curitiba e região metropolitana estão em greve, a partir de hoje, por prazo indeterminado. A decisão foi tomada ontem à noite, em assembleia da categoria, depois de não ter recebido nova proposta dos banqueiros.

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A partir de hoje se terá conhecimento do resultado das assembleias realizadas em cidades do interior. O consumidor terá à sua disposição os caixas eletrônicos e serão mantidos os 30% de bancários para atendimento, conforme determina a legislação.

Os bancários consideraram a proposta dos banqueiros como “inaceitável”. Em todo o Estado, são aproximadamente 28.815 profissionais, dos quais 17.487 estão em Curitiba e região metropolitana.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, Otávio Dias, a negociação por melhores salários está ocorrendo desde o dia 10 de agosto, quando um documento com as reivindicações da categoria foi oficialmente entregue. Desde então, foram realizadas quatro negociações, sem que nenhuma delas chegassem a um denominador comum.

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“Ficamos muito insatisfeitos com a proposta apresentada pelos patrões. Requisitamos um aumento salarial na ordem de 10%, uma fatia maior na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), ampliação no auxílio educação, manutenção dos empregos, entre outros pontos. Entretanto, os patrões ofereceram uma proposta, no dia 17 de setembro, de reajuste salarial de apenas 4,5%, PLR inferior a que está em vigor, negaram o auxílio educação e disseram não a qualquer cláusula que assegure a manutenção dos postos de trabalho em cenários de fusões e aquisições”, lamenta.

Para o presidente do sindicato dos bancários a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) beira o absurdo. “Os bancos tiveram uma lucratividade no primeiro semestre desse ano de mais de R$ 14,33 bilhões, ou seja, existe capital para oferecer uma proposta muito melhor que a apresentada, pois esses valores representam 23,5% do total de ganhos das empresas de capital aberto do país. Além de não nos oferecer um aumento real, oferecendo apenas a inflação do período, eles querem piorar o que já temos hoje. Não dá para entender”, opina.

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A assessoria de comunicação da Fenaban informa que foi combinado, entre os negociadores dos bancos e dos bancários, que as questões econômicas seriam discutidas a partir da quarta reunião, que aconteceu dia 17 de setembro.

Na ocasião os representantes dos bancos apresentaram a proposta econômica e, até o momento, não houve contraproposta e que não concorda com a paralisação das atividades.