Após rejeitarem proposta específica apresentada pela Caixa Econômica Federal, os bancários da instituição em Curitiba e região metropolitana entraram ontem no 16.º dia de greve. Nenhuma nova proposta foi apresentada ontem pelo banco aos funcionários.

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Os trabalhadores dos bancos privados e do Banco do Brasil já haviam decidido pela volta ao trabalho na noite de quinta-feira, quando os cerca de 300 servidores da Caixa que compareceram à votação disseram não à proposta do banco.

Em Curitiba e região, das 51 agências da Caixa Econômica, apenas uma funcionava na manhã de ontem, em Rio Negro, conforme levantamento do sindicato dos bancários do Estado. Todas as demais permaneciam sem atendimento.

O número de agências bancárias da Caixa representa 11,49% do total das agências em Curitiba e região (444). Na capital, 100% das unidades de atendimento aderiram à greve. Além das agências, em Curitiba ficaram paralisados também os centros administrativos Sede 1 (localizado na Praça Carlos Gomes), Sede 2 (na Rua Conselheiro Laurindo) e o Edifício Mauá (na Rua Mauá). O sindicato estima que 2,6 mil dos 2,9 mil trabalhadores do banco estejam de braços cruzados.

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Após a mesa de negociação específica, o Comando Nacional dos Bancários e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) avaliaram que a proposta feita pela Caixa é insuficiente, especialmente na questão da remuneração.

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Sem proposta

Para os órgãos, a empresa tem desempenhado um papel cada vez mais presente como operadora de importantes políticas do governo federal, como o Bolsa-Família e os investimentos em habitação – o que viabilizaria reajustes mais altos. Os funcionários alegam que, com as mudanças, a carga de trabalho aumentou.

Como, segundo o sindicato, a Caixa não apresentou nenhuma nova proposta ontem aos grevistas, a paralisação continua na terça-feira após o feriado, quando os bancários realizam nova assembleia para decidir as diretrizes da greve.