Bancários aprovam greve a partir do dia 19

Reunidos em todo o país para assembleia na noite desta quinta-feira, os bancários rejeitaram a proposta de reajuste de 6,1% apresentada pela Federação Nacional de Bancos (Fenaban). Além disso, os trabalhadores seguiram a orientação do Comando Nacional dos bancários e anunciaram greve por tempo indeterminado a partir de 19 de setembro.

De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a proposta da Fenaban ignora todas as reivindicações dos bancários sobre emprego, saúde e condições de trabalho, segurança e igualdade de oportunidades. A Contraf-CUT afirma que a proposta nega o aumento real nos salários, pisos, PLR e todas as verbas salariais, já que os 6,1% apenas recompõem a inflação do período medida pelo INPC.

“Nós advertimos os bancos na mesa de negociações que essa proposta era uma provocação. Um setor em que somente as seis maiores empresas tiveram lucro líquido de R$ 29,6 bilhões no primeiro semestre e mantêm a mais alta rentabilidade do mundo, acenar com uma proposta desse tipo é pra empurrar os bancários para a greve”, avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

De acordo com Cordeiro, mesmo registrando lucro recorde, os bancos estão fechando postos de trabalho e piorando as condições de trabalho. O presidente da Contraf-CUT também falou sobre a falta de investimento em segurança. “Os banqueiros se recusam a discutir esses problemas. Por isso, a única saída da categoria é a greve”, completa Cordeiro.

O pedido dos bancários é de reajuste salarial de 11,93%, o que representa aumento real de 5%. O Comando Nacional dos bancários representa 10 federações e 143 sindicatos que têm na base 95% dos quase 500 mil bancários do País.

Além do reajuste, os bancários pedem, na pauta econômica, participação nos lucros e resultados igual a três salários mais R$ 5.553,15, piso salarial de R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese) e auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de R$ 678 ao mês.

Os trabalhadores pedem também melhores condições de trabalho, fim das demissões, plano de cargos e salários, auxílio educação e prevenção contra assaltos e sequestros, entre outros.

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