Bancários aceitam rever proposta salarial para 19%

Em reunião ontem à tarde, em São Paulo, a Executiva Nacional dos Bancários aceitou rever a proposta salarial apresentada inicialmente à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que previa reajuste salarial de 25%. Agora, os bancários, que estão há 21 dias em greve, vão pedir aumento de 19% mais o pagamento de um abono de R$ 1.500.

A reunião da Executiva, integrada por representantes de federações de bancários de todo o País e coordenada pela Confederação Nacional dos Bancários (CNB), foi feita depois que assembléias em várias cidades (inclusive São Paulo) aprovaram a redução do índice de reajuste. Ainda na reunião, ficou decidido que o organismo vai pedir uma audiência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em Curitiba, a assembléia da categoria não havia terminado até o fechamento desta edição. Mas segundo o diretor do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região Metropolitana, José Paulo Staub, a tendência era decidir pela continuidade da greve. Ele afirmou não acreditar que os banqueiros aceitem a proposta de reajuste de 19%. “Eles já falaram que não vão conceder 19%, nem 18%, nem 17%. Apenas o que já tinham proposto”, afirmou. A categoria pede reajuste de 25%, enquanto os banqueiros oferecem 8,5%. Segundo ele, as prioridades do movimento agora são a melhoria da proposta salarial e o não-desconto dos dias parados.

Dissídio coletivo

Até o momento não existe pedido de dissídio coletivo. Segundo a assessoria da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), “nenhuma parte fez o pedido”. Bancários, bancos ou Ministério Público podem pedir o dissídio coletivo à Justiça do Trabalho se entenderem que a sociedade esteja sendo prejudicada pela greve.

De acordo com o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Vantuil Abdala, se o dissídio coletivo for pedido, a greve acaba em 10 ou 15 dias.

Desde 1991 não havia uma greve tão longa. Por causa disso, segundo o secretário-geral do Sindicato dos Bancários do Distrito Federal, Jair Ferreira, o corte de ponto deverá ser discutido entre as partes. “Há 13 anos não tínhamos uma greve dessa dimensão. Além das nossas reivindicações, temos que incluir na pauta a negociação do desconto dos salários”, disse.

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