Brasília – O superávit na balança comercial ultrapassou, pela primeira vez na história, os US$ 17 bilhões, ao atingir US$ 17,056 bilhões no período de janeiro à terceira semana deste mês, de acordo com os números divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Com isso, os números se aproximam da meta de US$ 20 bilhões de saldo neste ano, estabelecida recentemente pelo ministro Luiz Fernando Furlan.
O saldo acumulado no ano é 136% maior do que o registrado no mesmo período de 2002, de US$ 7,225 bilhões. As exportações do período de janeiro à terceira semana deste mês alcançam US$ 50,648 bilhões, contra importações de US$ 33,592 bilhões.
Na semana passada, o País exportou US$ 1,623 bilhão (US$ 324,6 milhões por dia útil) e importou US$ 1,113 bilhão (US$ 222, 6 milhões/dia), o que resultou em um saldo de US$ 510 milhões. O saldo da terceira semana foi pior do que o das duas anteriores, de US$ 713 milhões e US$ 701 milhões.
O superávit neste mês chega a US$ 1,924 bilhão, devido a exportações de US$ 5,138 bilhões e importações de US$ 3,214 bilhões. Se neste e nos próximos dois meses o saldo positivo da balança comercial ficar acima de US$ 2 bilhões, a meta de US$ 20 bilhões será ultrapassada com folga.
As exportações diárias da terceira semana do mês caíram 7,7% em relação à média diária das duas primeiras semanas, motivadas pelas quedas de 11,3% nos embarques de produtos semimanufaturados, de 11% nos de produtos básicos e de 6,9% nos de manufaturados. Tiveram diminuição nas vendas produtos como açúcar em bruto, soja em grão, minério de ferro, óleos combustíveis e laminados planos, entre outros.
Do lado das importações, houve um aumento de 6% na média diária em relação à média das duas primeiras semanas do mês, devido principalmente ao reaquecimento das compras de equipamentos elétricos e eletrônicos, combustíveis e lubrificantes, automóveis e partes, plásticos e cereais, entre outros.