O superávit comercial -saldo positivo entre as exportações e as importações – brasileiro em março registrou um crescimento de quase 30% em relação ao mesmo mês de 2004. No mês passado, a balança comercial teve um superávit de US$ 3,349 bilhões, 29,65% maior que os US$ 2,583 bilhões de março do ano passado. Em relação a fevereiro, quando o saldo comercial ficou em US$ 2,787 bilhões, o crescimento foi de 20,16%. No entanto, isso ocorre porque fevereiro é um mês com menos dias úteis – 18 contra 22 de março.

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O resultado de março é a diferença entre as exportações de US$ 9,251 bilhões e as importações de US$ 5,902 bilhões. Tanto as vendas ao exterior quanto as compras seguem tiveram um ritmo de crescimento forte, 22% e 15,5%, respectivamente.

Entre janeiro e março, a balança comercial acumula um saldo positivo de US$ 8,319 bilhões, um crescimento de 35,62% na comparação com o mesmo período do ano passado (US$ 6,134 bilhões). No acumulado do ano, as exportações somaram US$ 24,451 bilhões e as importações, US$ 16,132 bilhões.

O aumento do saldo comercial ocorre mesmo com a apreciação do real frente ao dólar, que em fevereiro, chegou a ser negociado a R$ 2,55. Em tese, quando menos vale o dólar, pior para os exportadores, já que os produtos brasileiros ficam mais caros lá fora. No entanto, essa é uma relação difícil de medir, já que muitos dos contratos de exportação são fechados com meses de antecedência, com uma taxa de câmbio diferente da atual.

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No início do mês passado, o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, disse que o dólar acima de R$ 2,70 é ?mais consistente? para os exportadores.

Em 2004, a balança comercial registrou um superávit de US$ 33,696 bilhões, o que representa um crescimento de 35,9% em relação a 2003 (US$ 24,8 bilhões). É o maior saldo positivo da história do país e o segundo recorde anual consecutivo.

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Para este ano, o mercado financeiro prevê um superávit comercial de US$ 29 bilhões. Já a previsão do Banco Central é que a balança termine o ano com um saldo positivo de US$ 27 bilhões

Contas externas

O aumento do saldo comercial mantém positivo o saldo das transações correntes – principal indicador da vulnerabilidade externa de um país. Ao obter superávit, o Brasil emite ao mercado sinais de que terá dólares suficientes para pagar sua dívida externa.

No ano passado, o saldo de transações correntes ficou superavitário em US$ 11,669 bilhões, o melhor da história e equivalente a 1,94% do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todas as riquezas produzidas por um país).

No acumulado de janeiro e fevereiro, as transações correntes acumulam um superávit de US$ 935 milhões, o que representa, proporcionalmente ao período, 0,92% do PIB.