O saldo da balança comercial em março atingiu o menor patamar para o mês desde 2002. O superávit da balança comercial foi de US$ 668 milhões. Em 2002, esse número correspondia a US$ 603 milhões. Em março, as importações somaram US$ 15,059 bilhões, um aumento de 43,3% em relação a igual período de 2009. Já as exportações, que somaram US$ 15,727 bilhões, tiveram um crescimento menos expressivo, de 27,4%.
Segundo o secretário de Comércio Exterior do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Welber Barral, as importações no mês passado foram puxadas principalmente pelas matérias-primas e intermediários (cuja expansão foi de 56,4% em relação a fevereiro), o que reflete o forte aquecimento da economia doméstica. “O ritmo das importações está alto, mas não é diferente do que acontece desde o início do ano. O aumento é basicamente por matérias-primas e insumos, que são itens importantes para a indústria brasileira”, afirmou Barral.
Na avaliação do secretário, há no momento um incentivo na estrutura cambial para as importações. O que preocupa, no entanto, é a competitividade brasileira em relação aos outros mercados. Apesar dessa preocupação, Barral destacou que o Brasil recuperou mercados na América Latina. Além disso, o País está mantendo o crescimento no mercado asiático. Barral acredita que, com o início do escoamento da safra agrícola neste mês, as exportações brasileiras poderão crescer num ritmo superior ao atual, contribuindo para um saldo um pouco mais alto na balança comercial.
