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A balança comercial brasileira acumula no ano, até a segunda semana de dezembro, um superávit – saldo positivo entre exportações e importações – de US$ 31,250 bilhões, resultado das vendas ao exterior de US$ 90,533 bilhões e das compras que totalizaram US$ 59,283 bilhões. No ano, o crescimento é de 33,9% na comparação com o mesmo período de 2003. Colaborou para esse resultado o desempenho da segunda semana de dezembro (entre os dias 6 a 12), que teve um superávit comercial de US$ 843 milhões, ante US$ 211 milhões da semana anterior. Esse saldo é a diferença entre as exportações de US$ 2,083 bilhões e as importações de US$ 1,240 bilhão.

O resultado da semana passada, bastante representativo, foi obtido em um momento em que a cotação do dólar encontrava-se no patamar de R$ 2,70, considerado nocivo para as exportações por empresários e alguns membros do governo, como o ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento).

Neste ano, as exportações registraram crescimento de 30%, enquanto as importações cresceram 28,1%.

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No ano passado inteiro, o superávit foi de US$ 24,831 bilhões.

Embora as exportações ainda estejam em crescimento, o ritmo de alta das importações tem sido forte nos últimos meses.

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A média diária das exportações – saldo comercializado por dia útil – está em US$ 406 milhões em dezembro, uma alta de 32,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já a média das importações, de US$ 274,9 milhões, subiu 51,3% na mesma comparação.

A compra de produtos importados é facilitada pela queda na cotação do dólar. O dólar mais barato reduz a competitividade de alguns produtos brasileiros no exterior.

Por isso, na semana passada o Banco Central decidiu comprar dólares no mercado. A intervenção, que tinha como objetivo, segundo a autoridade monetária, recompor o nível de reservas internacionais, serviu para elevar a cotação da moeda norte-americana, que ameaçava ficar abaixo de R$ 2,70.

Projeções

Em novembro, o Banco Central elevou a previsão para o saldo positivo da balança comercial brasileira. Para este ano, a autoridade monetária prevê um superávit de US$ 32,5 bilhões, contra US$ 30 bilhões previstos anteriormente. Para 2005, a expectativa é que o saldo fique superavitário em US$ 25 bilhões, ante US$ 24,5 bilhões.

As exportações devem atingir a marca histórica de US$ 95,3 bilhões em 2004 e chegar aos US$ 100 bilhões em 2005 – as previsões anteriores eram de US$ 90 bilhões e US$ 94,5 bilhões, respectivamente. Para as importações, o BC revisou suas projeções de US$ 60 bilhões para US$ 62,3 bilhões em 2004 e de US$ 70 bilhões para US$ 75 bilhões em 2005.

A entrada de dólares no País com o pagamento das exportações colabora para o equilíbrio das contas externas. Isso ajuda a melhorar a percepção de risco do Brasil no mercado financeiro, uma vez que o País terá recursos para honrar suas dívidas em moeda estrangeira.