Brasília (AG) – A poucos dias do fechamento do mês, a balança comercial brasileira registrou, até a quarta semana de março, um superávit de US$ 2,142 bilhões. As exportações totalizaram US$ 6,833 bilhões e as importações US$ 4,691 bilhões, mostrando um movimento uniforme de alta tanto das vendas quanto das compras externas, que aumentaram, respectivamente, 23,9% e 20,4% em relação a março de 2003.
– Os números do comércio exterior estão muito bons e isso mostra que a vulnerabilidade interna não está interferindo no desempenho do comércio exterior brasileiro – disse o diretor da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro.
De acordo com dados divulgados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, no acumulado do ano, a balança está superavitária em US$ 5,712 bilhões, contra US$ 3,087 bilhões no mesmo período de 2003. As exportações chegaram a US$ 18,355 bilhões, levando o governo a manter a expectativa de que as vendas externas vão ultrapassar a cifra de US$ 80 bilhões em 2004.
Já as importações totalizaram US$ 12,643 bilhões. Sua evolução nos próximos meses vai depender da esperada retomada da atividade econômica que, caso realmente se concretize, virá acompanhada do crescimento das compras externas de matérias-primas, bens de capital e bens de consumo.
Na quarta semana de março, houve um superávit de US$ 602 milhões. A média diária exportada foi de US$ 341,7 milhões. Em comparação a março de 2003, houve crescimento das três categorias de produtos: básicos (32,7%), manufaturados (22,5%) e semimanufaturados (20,8%). Os maiores destaques foram milho, carne bovina, farelo de soja, café, açúcar refinado, aviões, veículos de carga, autopeças, calçados, ferro fundido, açúcar em bruto, óleo de soja em bruto e couros e peles.
A média diária importada foi de US$ 234,6 milhões. Frente a março de 2003, cresceram as importações de adubos e fertilizantes (53,3%), químicos orgânicos e inorgânicos (44,3%), aparelhos elétricos e eletrônicos (21,8%), instrumentos de ótica, precisão e médicos (21,2%), plásticos e obras (20,3%) e combustíveis e lubrificantes (27,7%).