Balança tem déficit de US$ 338 mi na 2ª semana do mês

A balança comercial brasileira registrou um déficit de US$ 338 milhões na segunda semana de fevereiro (10 a 16), segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 17, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O saldo foi resultado de exportações de US$ 3,956 bilhões e importações de US$ 4,294 bilhões no período.

A média diária exportada na segunda semana do mês chegou a US$ 791,2 milhões, valor 21,4% superior à média de US$ 651,6 milhões registrada na primeira semana. Esse aumento nas exportações ocorreu em razão do incremento das vendas externas das três categorias de produtos. As exportações de produtos básicos cresceram 37%, puxadas por petróleo, soja em grão, café em grão, farelo de soja, milho em grão, fumo em folhas e bovinos vivos.

Já as vendas de semimanufaturados registraram, em igual período de comparação, uma alta de 17,6%, em razão das vendas de açúcar em bruto, celulose, semimanufaturados de ferro ou aço e ferro-ligas. As exportações de manufaturados tiveram aumento de 6,2%, com destaque para automóveis de passageiros, óxidos e hidróxidos de alumínio, polímeros plásticos, veículos de carga, motores e geradores elétricos, açúcar refinado e aviões.

Com relação às importações, a média diária foi de US$ 858,8 milhões, valor 13,4% menor que a média verificada na primeira semana do mês (US$ 992,2 milhões). Esse movimento, segundo dados divulgados pelo MDIC, é explicado pela diminuição nos gastos com combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos, equipamentos elétricos e eletrônicos, siderúrgicos, instrumentos de ótica e precisão e cereais e produtos de moagem.

Saldo acumulado

Com mais um resultado negativo, no mês, a balança registra déficit de US$ 2,041 bilhões. As exportações totalizam US$ 7,214 bilhões e as importações, US$ 9,255 bilhões.

A média diária exportada, no acumulado de fevereiro, ficou em US$ 721,4 milhões. Em relação à média verificada em fevereiro do ano passado (US$ 863,8 milhões), houve uma retração de 16,5% em razão da queda das três categorias de produtos. As vendas de básicos, nessa base de comparação, caíram 19,9% em razão, principalmente, de petróleo em bruto, milho em grão, algodão em bruto, fumo em folhas, farelo de soja, minério de ferro, café em grão, e carne suína e de frango.

As exportações de manufaturados tiveram queda de 16,8%, por conta de automóveis de passageiros, óxidos e hidróxidos de alumínio, autopeças, pneumáticos, bombas e compressores, calçados e motores e geradores elétricos. Por último, as vendas externas de semimanufaturados apresentaram retração de 10,9%, com redução das exportações de açúcar em bruto, semimanufaturados de ferro/aço, celulose e ouro em forma semimanufaturada.

Na comparação com janeiro deste ano, quando a média diária exportada foi de US$ 728,5 milhões, a queda foi de 1%, em razão do declínio nas vendas de semimanufaturados (-7,9%), enquanto cresceram as vendas de manufaturados (+0,6%) e básicos (+0,1%).

Com relação às importações, a média diária no acumulado do mês foi de US$ 925,5 milhões, resultado 1% menor que a média registrada em fevereiro de 2013 (US$ 934,9 milhões). Nesse comparativo, caíram os gastos com adubos e fertilizantes (-49,5%), cereais e produtos de moagem (-11,1%), veículos automóveis e partes (-7,4%), equipamentos mecânicos (-7,0%), borracha e obras (-6,3%) e farmacêuticos (-3,0%).

Na comparação com janeiro deste ano, houve crescimento de 1,4% na média diária, com aumento das compras de combustíveis e lubrificantes (+23,1%), farmacêuticos (+16,8%), instrumento de ótica e precisão (+15,0%), cereais e produtos de moagem (+8,8%) e siderúrgicos (+2,8%).

No ano, a balança comercial acumula déficit de US$ 6,099 bilhões. As exportações somam, até a segunda semana de fevereiro, US$ 23,240 bilhões e as importações, US$ 29,339 bilhões.

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