O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, fez nesta segunda-feira, 2, um balanço das atividades da pasta nos últimos quatro meses. Ele reconheceu que o superávit comercial de US$ 13,249 bilhões no primeiro quadrimestre do ano foi condicionado por uma queda acentuada nas importações, mas destacou que todos os setores da exportação apresentaram incremento expressivo no período.
“O desempenho da balança comercial brasileira tem aumento de volume maior do que a média mundial”, afirmou. “Há queda no comércio global e, neste contexto, a posição do Brasil é positiva nas exportações”, completou.
O ministro lembrou que atualmente poucas empresas brasileiras atuam no comércio exterior, mas informou que 1.550 novas companhias passaram a exportar no primeiro quadrimestre deste ano, chegando a um total 15.155 firmas. Em relação ao mesmo período do ano passado, o incremento da participação foi de 11,1%.
Monteiro citou ainda a celebração de acordos comerciais e expansão dessa tratativas. “Brasil não faz apenas os convencionais acordos de tarifas, mas também tem feito acordos em compras públicas e de serviços”, citando acordos firmados na semana passada com o Peru, por meio dos quais, por exemplo, empresas brasileiras poderão concorrer em licitações no mercado peruano.
Ele citou ainda acordos automotivos firmados com México, Colômbia e Peru. “Passamos a ter um marco muito mais amplo que o marco atual”, avaliou. Monteiro elencou ainda tratativas em andamento com o Chile na área de compras governamentais. “São mercados naturais dos produtos brasileiros que ainda estavam distantes do foco da política comercial brasileira”, acrescentou.
Em relação aos Estados Unidos, o ministro citou o primeiro acordo de convergência regulatória com entre o Brasil e o parceiro. “Esse tema de acesso a mercados é fundamental para as exportações brasileiras, para um comércio mais fluido e menos gravado por tarifas”, completou.
Monteiro lembrou ainda que o Mercosul finalmente começará o processo de troca de ofertas com a União Europeia. “Não foi fácil fazer harmonização, considerando que países do bloco têm perfis diferentes de economia. Assimetrias dificultam oferta comum, mas conseguimos construir oferta com alcance que permitirá troca com União Europeia, depois de 16 anos de ensaios”, concluiu.