O saldo da balança comercial ultrapassou a marca de US$ 23 bilhões, chegando na segunda semana de dezembro a US$ 23,375 bilhões. A previsão mais recente feita pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, era de que a balança fecharia com superávit de US$ 23 bilhões este ano, o que já é um recorde histórico.
Na segunda semana deste mês, o resultado ficou positivo em US$ 600 milhões, fazendo com que o acumulado nas duas primeiras semanas de dezembro chegue a US$ 1,297 bilhão.
No ano, as exportações atingem US$ 69,623 bilhões, representando um crescimento de 20,8% em relação ao mesmo período do ano passado. As importações continuam acanhadas, o que espelha o fraco desempenho da economia brasileira este ano. No ano, totalizam US$ 46,248 bilhões, apenas 1,3% maior do que as verificados no ano passado. A corrente de comércio externo, somando exportações e importações, estava em US$ 115,871 bilhões na semana passada.
As vendas de manufaturados ganharam destaque na análise do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, tendo crescido 11,7% na segunda semana deste mês. Com isso, a média diária de exportações no período ficou em US$ 330 milhões, comparada a US$ 327,4 milhões da primeira semana. Entre os manufaturados, os principais crescimentos ocorreram com aviões, automóveis, motores para veículos, açúcar refinado, óleos combustíveis, bombas e compressores e madeira compensada.
A venda de produtos básicos cresceu 1,5%, principalmente de petróleo em bruto, soja em grão, carnes bovina e de frango, café em grão e fumo em folhas. Já a venda de produtos semimanufaturados sofreu retração de 24,5%, devido à queda nas exportações de açúcar em bruto, óleo de soja, couros e peles e ferro fundido.
A média diária das importações cresceu mais que a das exportações, na segunda semana de dezembro, o que pode ser entendido como um indicador da retomada do crescimento econômico. Enquanto as compras diárias cresceram 11,7% em relação à semana anterior (subindo de US$ 188 milhões para US$ 210 milhões), a média das exportações cresceu apenas 0,8% (de US$ 327,4 milhões para US$ 330 milhões).
Os principais responsáveis pelo aumento nas importações foram os combustíveis, lubrificantes e os equipamentos e matérias-primas para a produção, como equipamentos mecânicos, aparelhos elétricos e eletrônicos, adubos e fertilizantes, instrumentos de ótica e precisão. Também cresceram as compras de cereais e produtos de moagem e de automóveis e partes.
Na comparação com igual período do ano anterior, a média diária das importações nas duas primeiras semana de dezembro de 2003 cresceu 21,4%, segundo o ministério, passando de US$ 163,9 milhões para US$ 199 milhões. Os produtos com mais destaque foram adubos e fertilizantes (272,8%), equipamentos elétricos e eletrônicos (63%), cereais e produtos de moagem (48,6%), farmacêuticos (35,3%), plásticos e obras (28,9%), químicos orgânicos e inorgânicos (27,4%) e equipamentos mecânicos (20,6%).