Arquivo / O Estado

Setor de contêineres do Porto de Paranaguá: vendas ao exterior
são recorde histórico.

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A balança comercial brasileira surpreendeu em julho: registrou o maior superávit comercial (saldo positivo entre exportações e importações) da história. O saldo ficou positivo em US$ 5,011 bilhões, maior que o recorde anterior, que foi de US$ 4,031 bilhões, registrado em junho. Nem mesmo a baixa cotação do dólar (na casa dos R$ 2,40) tem conseguido reduzir a competitividade dos produtos brasileiros no exterior.

As exportações ultrapassaram US$ 11 bilhões em julho, outro recorde histórico. No mês passado, as vendas ao exterior foram de US$ 11,061 bilhões e as importações somaram US$ 6,050 bilhões, segundo dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento.

As exportações de julho cresceram 8,4% sobre junho e 23% sobre o mesmo mês do ano passado. Já as importações tiveram uma queda de 2% na comparação com junho. Em relação a julho de 2004, o crescimento foi de 9,5%.

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Colaborou para o desempenho de julho o resultado da última semana do mês – dias 25 a 31. Neste período, o superávit comercial foi de US$ 1,970 bilhão, o que mais que compensou o baixo valor da semana anterior (US$ 343 milhões). As exportações na última semana somaram US$ 3,305 bilhões e as importações, US$ 1,335 bilhão.

O superávit comercial dos primeiros sete meses deste ano é de US$ 24,678 bilhões, um crescimento de 33,6% sobre o mesmo período do ano passado (US$ 18,469 bilhões). Esse saldo é a diferença entre as exportações, que somaram US$ 64,738 bilhões, e as importações, que entre janeiro e julho foram de US$ 40,060 bilhões.

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As vendas ao exterior acumulam no ano crescimento de 23,8%. Já as importações cresceram 19,2% nos primeiros sete meses do ano. No acumulado dos últimos 12 meses, agosto de 2004 a julho de 2005, as exportações somam US$ 108,914 bilhões e as importações, US$ 69,030 bilhões – superávit de US$ 39,875 bilhões.

A meta do Ministério do Desenvolvimento é exportar neste ano US$ 112 bilhões. No entanto, a pasta não trabalha com uma meta de superávit – que no ano passado foi de US$ 33,696 bilhões, o maior da história do país.

Para este ano, o mercado financeiro prevê um superávit comercial de US$ 37 bilhões. Já a previsão do Banco Central é que a balança termine o ano com um saldo positivo de US$ 30 bilhões.