Balança comercial de produtos gráficos tem déficit de US$ 15,1 mi no 2º trimestre

A balança comercial brasileira de produtos gráficos fechou o segundo trimestre de 2015 com um déficit de US$ 15,1 milhões, o que representou uma queda de 50% na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), divulgados pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf). O desempenho foi resultado da exportação de 30,2 mil toneladas de produtos, equivalentes a US$ 65,6 milhões de receita, e da importação de 13,6 mil toneladas de itens gráficos, que somaram US$ 83,8 milhões.

Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve queda de 10% no valor exportado e de 21% no importado. “É uma boa notícia para um setor que vinha sendo fortemente castigado pela importação, especialmente de produtos vindos da China a custos inalcançáveis para a indústria nacional”, afirma Levi Ceregato, presidente da Abigraf.

“Se o câmbio permanecer estável no longo prazo, provavelmente assistiremos a uma substituição das importações, com melhora dos déficits, aumento da demanda por produtos locais, redução de estoques e incremento da produção, o que aponta no sentido de uma retomada nos investimentos do setor”, complementou Ceregato.

O segmento de embalagens destacou-se com 38% das exportações, equivalente a US$ 25,8 milhões e 19 mil toneladas. Os principais destinos das embalagens brasileiras foram Uruguai, Argentina e Venezuela, respectivamente, com 20%, 14% e 12% das compras. Com 26% do total exportado, equivalentes a US$ 18 milhões e 156 toneladas, o segmento de cartões impressos ficou em segundo lugar, seguido de cadernos, com participação de 20%, correspondentes a US$ 13,6 milhões e 8,7 mil toneladas.

Nas importações, a maior participação dos itens gráficos pertencem ao segmento editorial (livros e revistas), com compras da ordem de US$ 33,3 milhões e 4,6 mil toneladas. Essas importações corresponderam a 40% do total e procederam principalmente de Estados Unidos (23%), China (19%) e Hong Kong (14%). Seguiram-se cartões impressos, com 20% das importações (US$ 17,1 milhões e 121 toneladas), e embalagens, com US$ 14,1 milhões (17% do total) e 6 mil toneladas.

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