Balança comercial ainda deficitária no Paraná

As exportações do Paraná registraram nova queda em novembro, como conseqüência da crise financeira internacional, informou ontem o Departamento Econômico da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). A queda foi de 28,51% (na comparação com o mês anterior).

No mesmo caminho, as importações também caíram (-38,45%). Em termos financeiros, os resultados foram que as exportações renderam US$ 868 milhões e as importações, US$ 970 milhões, resultando em um saldo deficitário de US$ 102 milhões na balança comercial. É o segundo mês consecutivo do ano em que a balança registra déficit.

No acumulado do ano, entretanto, o saldo ainda é positivo. As exportações atingiram nos primeiros onze meses de 2008 US$ 14,27 bilhões (expansão de 25,37% em relação ao mesmo período do ano anterior), equivalentes a uma receita de R$ 25,08 bilhões, considerando o câmbio mensal médio divulgado pelo Banco Central.

As importações também deverão terminar o ano em alta, tendo acumulado uma expansão de US$ 13,53 bilhões em 2008 (alta de 67,29% na comparação com os primeiros 11 meses de 2007), equivalente a R$ 24,07 bilhões. Em real, a expansão das exportações no ano equivale a um aumento de 13,15%, e, em euro, de 16,69%.

O Complexo Soja permanece como o grupo de produtos que registra maior expansão em valores exportados em 2008: 65,90%, além de se manter como líder da pauta de exportações (29,68%).

Em seguida, aparecem Material de Transportes (participação de 15,87%) e Carnes (participação de 13,28%). Nas importações, o grupo de produtos líder em participação (25,10%) é Produtos Químicos, em sua maioria adubos e fertilizantes destinados à agricultura, que também quase dobrou (99,17%) de quantidade importada entre 2007 e 2008.

Em segundo lugar nas importações está o grupo de Petróleo e Derivados (no caso paranaense, exclusivamente petróleo), com 21,75% de participação, em em terceiro Mecânica, com 11,18% de participação.

Cresceu no Paraná, ao longo do ano, a exportação de produtos Básicos (40,81%). O crescimento das exportações de semimanufaturados foi, de janeiro a novembro, de 21,35%, e de produtos manufaturados, de 14,70%.

Na observação de importações por Categoria de Uso, os maiores aumentos em 2008 foram do grupo de Combustíveis e Lubrificantes (óleo bruto de petróleo, no caso paranaense), com um crescimento de 107,94%. Em seguida aparecem Bens Intermediários (67,57%) e Bens de Consumo (59,07%).

Faturamento acompanha e também cai em novembro

A indústria paranaense reduziu em 13,26% seu faturamento em novembro na comparação com outubro. A informação é do Departamento Econômico da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).

No acumulado do ano, entretanto, a indústria do Estado registra um aumento de 9,76% nas vendas reais. Apesar do amortecimento das vendas pelas expectativas em relação à crise financeira internacional, a indústria paranaense registra, em 2008, o melhor nível de vendas de toda a série histórica pesquisada pela Fiep, desde 1986.

Segundo o levantamento, 16 dos 18 gêneros industriais pesquisados apresentaram redução nas vendas. Os três gêneros de maior participação relativa na indústria do Estado evoluíram negativamente: Produtos Alimentícios e Bebidas apresentou redução de 12,14%, por conta da redução sazonal e queda de demanda e redução das exportações; Fabricação e Montagem de Veículos Automotores registrou queda de 27,94%, dada a contração do crédito; e Petróleo e Produção de Álcool acusou queda de 10,12% nas vendas, por conta da redução sazonal e m,enor número de dias úteis na produção. Os únicos gêneros que apresentaram aumento foram Vestuário (13,49%) e Produtos de Metal (0,05%).

No acumulado do ano, apresentam maior expansão Artigos de Borracha e Plástico (28,37%), Máquinas e Equipamentos (26,09%) e Produtos de Metal (23,61%). Os que registram maior redução em 2008 são Produtos Têxteis (-14,23%), Móveis e Indústrias Diversas (-10,74%) e Produtos Químicos (-8,52%).

Emprego e salário

O nível de emprego na indústria caiu 2,84%, mas acumula crescimento de 3,99% no ano. A massa salarial líquida aumentou 4,12% em novembro, em parte devido a pagamentos do 13.º salário e distribuição de resultados.

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