O cenário para a balança comercial brasileira neste ano tem “viés de déficit”, afirmou nesta segunda-feira, 12, o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto Castro. A AEB ainda não revisou sua projeção (feita em dezembro, que aponta superávit de US$ 7,2 bilhões), mas deverá fazer isso em julho. O maior risco é a crise na Argentina.

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Segundo Castro, como o país vizinho precisa gerar superávit comercial de US$ 10 bilhões e suas exportações estão em queda, a única saída será segurar as importações. Sendo o Brasil a principal origem das importações argentinas, a tendência é haver redução de US$ 2 bilhões a US$ 3 bilhões nas exportações brasileiras para os argentinos.

Para evitar o pior, Castro defendeu um acordo com a Argentina, sobretudo para o setor automotivo. O atual acordo, que vence no próximo 30 de junho, permite ao Brasil exportar US$ 1,95 para cada US$ 1,00 exportado pela Argentina. “O mais importante é viabilizarmos as exportações. Não temos mercados alternativos (para automóveis)”, afirmou Castro, pouco antes do início do XXVI Fórum Nacional, no Rio de Janeiro.

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