Brasília (AE) – A balança comercial de setembro acumula saldo de US$ 2,104 bilhões, apesar do maior impulso das importações do que das vendas externas no período. No ano, a balança registra saldo positivo de US$ 31,732 bilhões e aproxima-se da mais recente meta definida pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) para 2006, de US$ 42 bilhões. Somente na terceira semana do mês, a balança fechou com saldo positivo de US$ 1,283 bilhão, informou a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Na semana passada, as exportações somaram US$ 3,119 bilhões, e as importações chegaram a US$ 1,836 bilhão. As três semanas de setembro (período de 10 dos 20 dias úteis do mês) indicaram a aceleração das importações em comparação com o crescimento das exportações. Trata-se de uma tendência esperada pelo governo e que deverá ser reforçada até o final do ano. O resultado acumulado no ano mostra que as compras externas de bens somam US$ 94,293 bilhões – aumento de 15,2% -, enquanto as importações alcançam US$ 62,561 bilhões, mas apresentam crescimento de 23,0% em relação a igual período de 2005.
Importações
As importações somaram US$ 4,025 bilhões, com média diária de US$ 402,5 milhões -cifra que corresponde a um aumento de 33,8% em relação a setembro de 2005.O petróleo respondeu por 20,7% do total importado nas três semanas de setembro. A média desembarcada diariamente desse item cresceu 58,0%, na mesma comparação.
Salvo os produtos de divisões de indústrias químicas, adubos e fertilizantes, e fios e fibras que tiveram quedas de 5,4%, 1,3% e 0,5% respectivamente, todos os principais itens da pauta importadora brasileira apresentaram crescimento expressivo. As compras externas de veículos e autopeças aumentaram 35,1%, e as de produtos siderúrgicos, 27,4%; as de cobre cresceram 121,7%, as de aeronaves, 112,5%, e as de algodão, 164,4%.
Exportações
A média diária de exportações nas três semanas, de US$ 612,9 milhões, teve expansão mais modesta, de 21,0%, na comparação com setembro de 2005. O total no período foi de US$ 6,129 bilhões. Dentre os 17 setores especificados pela Secex, apenas o têxtil apresentou queda na média diária de vendas externas, de 15,4%. As exportações de produtos básicos cresceram 17,3%, em especial devido ao desempenho dos segmentos do café, com alta de 47,2%, minérios, 39,2%, fumo, 66,1%, e soja, 0,7%.