A falta de chuvas no Paraná já está refletindo no volume de água dos rios e represas do Estado. A represa do Voçoroca, na BR 376, por exemplo, está com apenas um quarto de sua capacidade – ou seja, está preenchido com apenas 25% dos 36 milhões de metros cúbicos de água que suportaria. No caso da represa Capivari-Cachoeira, localizada na BR 116, próximo à Campina Grande do Sul, a água acumulada é de um terço de sua capacidade – dos 179 milhões de metros cúbicos de água que preencheriam a represa, apenas cerca de 60 milhões estão acumulados. No Foz do Areia – o principal reservatório do Rio Iguaçu -, a capacidade está pela metade: dos 5,8 milhões de metros cúbicos de água, está preenchido com apenas 2,9 milhões. Apesar do baixo volume, a Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) descarta o risco de falta de energia elétrica.

“Diferente do abastecimento de água, a energia tem sistemas elétricos interligados no Brasil”, explicou a companhia, através da assessoria de imprensa. Além disso, a represa de Voçoroca – que teve queda de 75% no volume de água – funciona como um reservatório de regularização que alimenta a usina de Chaminé, cuja potência é de 18 megawatts – o suficiente para atender o consumo de 50 mil habitantes.

Segundo dados do órgão, a região Sul está acumulando nos reservatórios 60% de afluência, o que chega a ser 10% maior que a média histórica dos últimos dez anos. Já na região Sudeste a afluência média é de 90%.

A Copel informou ainda que a baixa nos reservatórios está dentro da normalidade e que a situação não pode ser considerada preocupante. Como existe interligação no sistema, o intercâmbio de energia pode ocorrer várias vezes ao dia, sem que o consumidor sinta algum prejuízo no abastecimento. O controle da geração de energia das hidroelétricas é feita pelo Centro Nacional de Operação do Sistema de Elétrico, em Brasília.

Sanepar

Em relação à possível falta de abastecimento de água no Estado, a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) garantiu, através de assessoria de imprensa, que o risco está descartado. Segundo a assessoria, há reserva suficiente para mais três ou quatro meses. Além disso, o período de final de setembro a início de outubro é mais propício a chuvas.

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