Baixa renda sentiu mais a alta dos alimentos

As famílias com renda mais baixa foram as que mais sentiram os efeitos da disparada nos preços dos alimentos em 2007. É o que revelou a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que divulgou pesquisa sobre o tema. Segundo o levantamento, os preços no âmbito do setor varejista medidos pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), nas famílias com renda entre um e 2,5 salários mínimos (de R$ 380,00 a R$ 950,00), subiram 5,87% no ano passado – acima do aumento de 4,6% apurado pelo IPC nas famílias com renda entre um e 33 salários mínimos (de R$ 380,00 a R$ 12.540 00), em 2007.

Ainda segundo a FGV, foi a primeira vez em quatro anos que a inflação do varejo entre as famílias com baixa renda superou a média de movimentação de preços apurada entre as famílias com renda entre um e 33 salários mínimos. O grande responsável por isso foi grupo Alimentação, que respondeu por 72% do resultado total de inflação no setor varejista, entre famílias com menor poder aquisitivo. Enquanto que, no IPC medido entre famílias com renda entre um e 33 salários mínimos, a movimentação de preços dos alimentos respondeu por 61% do resultado total de inflação do varejo.

Na análise da fundação, devido à destacada influência dos alimentos, a inflação de 2007 pode parecer ainda maior do que efetivamente foi. Segundo a FGV, há uma maior "exposição" nas vendas dos alimentos do que na comercialização de outros itens, como peças de vestuário ou eletroeletrônicos. "De qualquer maneira, espera-se para 2008 um impacto mais moderado dos alimentos sobre a taxa de inflação. A moderação vem do acréscimo da produção, estimulada pelos aumentos de preços registrados em 2007", afirmou, em comunicado.

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