economia

B3 vira vitrine da C&A em cerimônia de oferta inicial de ações

A B3 virou vitrine da varejista C&A por um dia, na cerimônia de sua estreia como companhia de capital aberto. Araras de roupas da loja, chão estampando um “calçadão” e modelos marcam o evento da oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da varejista de moda no Brasil, que movimentou R$ 1,63 bilhão. A empresa chega à bolsa com um valor de mercado de R$ 5 bilhões sob o código “CEAB3”.

A cerimônia será transmitida para funcionários da C&A na Holanda, que no mundo sempre foi conhecida pela sua discrição, em especial em relação aos seus números financeiros. Aqui no País, contudo, essa dinâmica foi quebrada na operação, em que a empresa teve que abrir seus dados para a oferta.

Do volume da oferta, 70% ficou com investidores brasileiros, com os fundos bastante capitalizados diante do cenário de juros baixos.

Da oferta primária foram vendidas 49,3 milhões de ações, o correspondente a R$ 813,698 milhões. Uma outra tranche do mesmo tamanho foi vendida na oferta secundária, a qual funcionou para a venda parcial de ações detidas pela Cofra Holding, da família fundadora Brenninkmeijer.

Com a demanda, os coordenadores da oferta colocaram o lote adicional, que foi 100% secundário, por isso o tamanho da oferta primária e secundária foram, no final, iguais.

Da oferta primária, que colocará dinheiro nos cofres da companhia, 90% dos recursos captados serão utilizados para o pré-pagamento de empréstimos entre empresas do mesmo grupo. No mercado essa transação foi chamada de “oferta secundária disfarçada”. Apenas 10% dos recursos que irão ao caixa serão destinados para o crescimento orgânico.

Foram coordenadores da oferta da C&A Morgan Stanley (líder), Bradesco, BTG Pactual, Citi, Santander e XP Investimentos.

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