Awazu: inflação de 12 meses terá redução significativa no 1º trimestre de 2016

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Luiz Awazu Pereira da Silva, reforçou durante seminário The Economist – Brazil Business Summit, na França, nesta quinta-feira, 2, que as projeções de inflação mostram uma convergência ao centro da meta no médio e longo prazo, ou seja, nos horizontes a partir 2016. Para o próximo ano, porém, essa convergência “ainda não é suficiente”. “Então a política monetária precisa permanecer vigilante para garantir a convergência da inflação para a meta de 4,5% no fim de 2016”, diz Awazu nos slides da sua apresentação.

Em linha com o que o presidente do BC, Alexandre Tombini, disse na noite de ontem, Awazu comentou que os progressos até agora no combate à inflação mostram que a autoridade está no caminho certo. O diretor apontou ainda que a recente decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) de reduzir a banda de tolerância da meta de inflação de 2 pontos porcentuais para 1,5 ponto a partir de 2017 “reafirma o compromisso” com a meta de 4,5%.

“A melhor contribuição que a política monetário pode dar para um novo e virtuoso ciclo de crescimento é trazer a inflação para a meta de 4,5% no fim de 2016 e ancorar as expectativas de inflação”, diz Awazu.

O diretor aponta que, com a maioria dos realinhamentos de preços ocorrendo no primeiro semestre de 2015, a inflação acumulada em 12 meses vai ter uma redução significativa no primeiro trimestre de 2016.

Juros norte-americanos

Awazu avaliou que o processo de ajuste está funcionando no Brasil e que é importante seguir com o trabalho das políticas fiscal e monetária em curso. Como exemplo, ele citou a redução dos desequilíbrios com a melhora das transações correntes.

O esforço de fortalecimento dos fundamentos deve continuar, segundo a apresentação de Awazu. Isso, conforme vêm ressaltando a alta cúpula do BC recentemente, é uma das melhores formas de preparar o País para o processo de lift-off do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Esse processo de lift-off é o de normalização das condições monetárias dos Estados Unidos.

Para o diretor, os ajustes pelos quais passa o País atualmente contribuem para a consolidação de um cenário macroeconômico mais favorável em termos de horizontes mais longos para o setor privado. Ele enfatizou, no entanto, que a convergência para 4,5% ainda não se mostrou suficiente. “Então, a política monetária tem que permanecer vigilante para garantir a convergência da inflação para a meta de 4,5% no fim de 2016”, voltou a exibir em sua apresentação.

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