O diretor da área internacional e normas do Banco Central, Luiz Awazu Pereira da Silva, afirmou que o governo “sempre procura sinalizar que o regime de flutuação cambial é primeira linha de defesa” do País, em meio ao processo de normalização da política monetária dos Estados Unidos.
“Temos capacidade de monitorar quem demanda hedge cambial”, destacou Awazu. No ano passado, quando o programa de swap cambial foi adotado, havia demanda de pagamentos futuros em moeda estrangeira, disse. “Estamos dando previsibilidade suficiente”, comentou, referindo-se ao mercado do dólar.
“O BC optou por organizar de maneira sistemática o programa de proteção cambial. O programa tem sido bem-sucedido”, destacou Awazu. “O programa dá estabilidade em um momento de transição nas economias avançadas. O Brasil já se preparou para o processo de normalização monetária nos EUA”, afirmou.
Ele citou que outros países emergentes chegaram a adotar outras estratégicas, como usar reservas internacionais com o apoio de agências multilaterais, como o FMI. “Não foi o nosso caso”, ponderou o diretor do BC. Ele fez os comentários durante palestra no seminário que marca os 20 anos da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), nesta sexta-feira, em São Paulo.