A agroindústria avícola do estado do Paraná começou o ano de 2004 com um aumento de 22,5% no volume de exportações em relação aos dois primeiros meses do ano anterior. As negociações passaram de US$ 72.795.534 para US$ 89.234.378. O Paraná é atualmente o segundo colocado no ranking de exportação de aves de todo o país e é responsável por 19,97% da exportação brasileira, ficando atrás somente de Santa Catarina.
Mas, apesar dos bons resultados, as exportações podem sofrer queda se a greve dos fiscais do Ministério da Agricultura nos portos do país continuar, alerta o presidente do Sindicato das Indústrias Avícolas do Estado (Sindiavipar), Domingos Martins. Em cinco dias de paralisação, o setor deixou de negociar cerca de R$17,4 milhões. Outras perdas relacionadas se somam a essa cifra. Com a ração dos frangos que já deveriam ter sido embarcados, foram quase R$700 mil de prejuízo. E com a falta de espaço, por conta das aves acumuladas, R$ 500 mil investidos em pintinhos que chegariam às granjas foram perdidos.
Abates
O fim da trégua dos fiscais está marcada para o dia 29 de março. Enquanto aguardam os rumos que a greve irá tomar, os avicultores paranaenses contabilizam o crescimento de 9% no número de abates, passando de 258 milhões de kilos nos meses de janeiro e fevereiro de 2003 para 281 milhões de kilos nesse ano.
O ano de 2004 deve ser de expansão para a avicultura, devido a fatores favoráveis verificados no Brasil e no exterior. Uma das razões internas é que o preço do frango é bastante acessível ao consumidor e de acordo com Domingos Martins, presidente da Sindiavipar, não deve subir pelo menos até maio. “Não acredito em alteração de preços. Acho que elas só aconteceriam em caso extremo”, afirma Martins. Quanto aos motivos externos, a gripe do frango na Ásia continua a assombrar o mercado internacional e pode ajudar a aumentar as exportações brasileiras.