Aviação de carga no País encolhe 25% no primeiro semestre

O transporte aéreo de carga no País realizado por voos domésticos e internacionais acumula queda de 24,66% no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando 636 mil toneladas. A informação é do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), a partir de dados da Infraero, que divulga mensalmente os números de desempenho desse setor em sua página da internet, mas não consolida os resultados por semestre.

Segundo essa análise do Snea, esse desempenho ficou abaixo da média mundial, que acumula recuo de 19% em 136 aeroportos membros do Conselho Internacional de Aeroportos (da sigla em inglês ACI). Considerando-se apenas o transporte de cargas em voos domésticos, o recuo é de 17% de janeiro a junho deste ano, na comparação com igual período do ano passado. O resultado ficou acima da média mundial de 11%. Nos voos internacionais, a queda acumulada é de 31,6%, sendo que a média mundial foi de 22% na mesma base de comparação.

“Este resultado na movimentação de carga nos aeroportos da rede Infraero, no primeiro semestre de 2009 em comparação com 2008, indica que o desempenho observado no segmento de carga aérea no Brasil se ressentiu mais da recente crise na economia mundial, iniciada ao final do ano passado, do que em outros países, especialmente nos Estados Unidos e na União Europeia”, informa o Snea em sua análise setorial.

O Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, registrou a maior queda (-35,02%) nos embarques e desembarques de carga no primeiro semestre, seguido pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos (-28,20%), de Manaus (-12,26%) e Antonio Carlos Jobim (Galeão), com queda de 5,24% no período.

De acordo com o Snea, houve um arrefecimento da queda no transporte aéreo de carga no segundo trimestre do ano, que acumula recuo médio de 18,6% no período, em relação aos três primeiros meses de 2009, que somam média de 31% de redução. “O comportamento destes dois primeiros trimestres de 2009 sinaliza para uma tendência de recuperação inicial do segmento de carga aérea em nosso país, acompanhando o reaquecimento da economia no Brasil e no mundo”, informa o Snea.

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