Brasília – Os executivos da indústria brasileira avaliam a produção industrial brasileira no segundo trimestre de 2007 como a melhor dos dois último anos. A avaliação é feita por mais de mil empresários do país, entrevistados pela Sondagem Industrial, apresentada nesta quinta-feira (26) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O índice de avaliação atingiu a marca de 56,2 pontos, numa escala de 0 a 100 pontos. É o maior índice aferido em uma pesquisa da CNI nos últimos dois anos. Quando o índice está acima de 50, significa que a produção cresceu. Quando está abaixo, caiu.
um dos fatores para o atual quadro positivo é a maior participação das pequenas e médias empresas do setor no crescimento da economia, para o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa, Avaliação e Desenvolvimento da CNI, Renato da Fonseca.
"A partir do momento em que as pequenas também começaram a crescer o indicador como um todo cresceu. O que está acontecendo com a industria hoje é que está tendo um crescimento da demanda doméstica e a expectativa dos empresários é que esse mercado vá crescer cada vez mais?, avalia. A consequência disso, acrescenta, é um ciclo onde vende-se mais, contrata-se mais e gera-se mais renda.
De acordo com a pesquisa, o maior dinamismo da produção também ajudou na expansão do emprego no setor. ?O indicador de evolução do número de empregados não só é o maior dos últimos dois anos, bem como se espraiou para um número maior de setores de atividade? afirma o documento.
Segundo a sondagem, apesar da expectativa de um crescimento gradual para os próximos semestre, os empresários voltaram a registrar insatisfação com a atual situação financeira. Em relação às receitas apenas o setor de refino de petróleo apresentou satisfação com a margem de lucro. Os outros 26 registraram insatisfação, entre eles, tiveram maior destaque os setores do Álcool, Têxteis, Madeira, Couros e Artefatos. Segundo Fonseca, um dos problemas enfrentados pelos empresários é a carga carga tributária e a atual taxa de câmbio.
?Infelizmente boa parte do setor que exporta está sendo prejudicada pelo câmbio. Esse fator atinge principalmente o setor de vestuário, calçados, madeira, que são setores que têm um número de empregados muito elevados mas ainda estão a margem do processo devido a essa dificuldade tanto para exportar como para competir com os produtos importados?, avalia.
A Sondagem Industrial foi elaborada com a participação das Federações da Indústria de 22 Estados do país (AC, AL, AM, BA, CE, ES, GO, MA, MG, MS, PA, PB, PE, PR, RJ, RN, RR, RS, SC, SE, SP e TO). Responderam ao questionário representantes de 949 pequenas, 507 médias e 258 grandes.