O chefe da Administração Estatal de Câmbio da China, Yi Gang, sugeriu que o país poderá introduzir um imposto sobre as operações de câmbio, entre outras medidas, para se proteger contra os fluxos de capital especulativo, em meio a uma maior liberalização econômica.
A autoridade escreveu em um artigo para a revista Qiushi, do Partido Comunista, que a China deveria fazer um “estudo aprofundado” da chamada “Taxa Tobin” sobre as transações financeiras.
A taxa recebe o nome ganhador do Prêmio Nobel James Tobin, que a propôs em 1972 como um meio de reduzir a especulação nos mercados globais.
Em seu artigo publicado no site da revista, Yi também pediu o estudo sobre outras medidas, incluindo taxas sobre negociação de câmbio, e sobre restrição de fluxos de fundos especulativos de curto prazo.
As medidas foram mencionados no contexto do esforço “ordenado para a abertura do mercado de capitais, melhora e aperfeiçoamento do sistema de gestão da dívida externa e aceleração do avanço da conversibilidade da conta capital de renminbi”.
“A persistente proteção contra choques de fluxo de liquidez transfronteiriços é a chave para uma boa gestão de câmbio”, escreveu. Além da sua posição no órgão regulador de câmbio, Yi é um vice-presidente do Banco do Povo da China (PBoC).
O jornal estatal China Daily informou no sábado que era a primeira vez que um regulador chinês havia comentado publicamente sobre a “Taxa de Tobin”. Fonte: Dow Jones Newswires.