Aumentou a devolução de cheques sem fundos

São Paulo  – O primeiro semestre de 2003 fechou com um aumento na quantidade de cheques devolvidos por falta de fundos. Estudo da Serasa apontou acréscimo de 8,2%, na comparação dos seis primeiros meses de 2003 com o mesmo período do ano passado. De janeiro a junho de 2003 foram devolvidos 15,8 cheques a cada mil compensados, contra 14,6, no ano passado.

Após o recorde de 17,6 cheques devolvidos a cada mil compensados, em maio de 2003, o volume de cheques sem fundos caiu 13,1% em junho, na comparação com o mês anterior. Segundo a pesquisa, no sexto mês de 2003 foram devolvidos 15,3 cheques a cada mil compensados.

Já na comparação anual (junho 2003/2), o índice de cheques devolvidos por falta de fundos registrou alta de 11,7%. Em junho de 2002, foram registrados 13,7 cheques sem fundos a cada mil compensados.

Segundo a Serasa, esses resultados apontam que o processo de alongamento de prazo nas vendas financiadas por cheques pré-datados no final de 2002 dá sinais de finalização de seu ciclo, nos aspectos de pagamento e renegociação.

A instituição ainda informa que a queda verificada no indicador de cheques devolvidos a cada mil compensados (13,1%), em junho, reflete o menor número de dias úteis verificados no sexto mês do ano. Em junho de 2003 foram devolvidos 2,8 milhões de cheques em todo o Brasil.

Para a Serasa, no entanto, os números de junho ainda não definem uma tendência de queda consistente no volume de cheques devolvidos por falta de fundos, pois a conjuntura que reúne juros elevados, queda da renda do consumidor e elevação do desemprego.

De acordo com o Indicador Serasa de Inadimplência de junho, os cheques sem fundos nos últimos três anos apresentaram queda na representatividade do índice na inadimplência total (PF+ PJ) e também no estudo que levanta, separadamente, a inadimplência de pessoa física e jurídica.

Em 2003, os cheques devolvidos tomavam 36% do indicador de inadimplência total. No mesmo mês de 2002, foi 38%, e em 2001, a participação de cheques devolvidos no Indicador Serasa de Inadimplência foi de 44%.

Esses dados mostram que as outras formas de pagamento/financiamento da economia brasileira, que também assumem maior representatividade entre os meios de pagamentos, carregam um crescimento de inadimplência coerente com elevação no volume de transações registradas.

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