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Cid, do Dieese: Paraná acompanha a tendência nacional.

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Das 280 negociações salariais realizadas entre janeiro e junho deste ano em todo o País, 245 – ou 87,5% – resultaram em aumento real. O índice é superior ao primeiro semestre do ano passado, quando havia atingido 81,9% das negociações. É o melhor resultado desde 1996, quando o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) iniciou a pesquisa. O Paraná acompanha a tendência nacional.

?O ano passado já foi bom, esse ano está melhor ainda?, observou o economista Cid Cordeiro, do Dieese-PR. Das 280 negociações coletivas, 245 tiveram aumento acima da inflação, 27 apenas reposição da inflação e oito reajuste abaixo do INPC – índice de inflação que serve como referência nos reajustes salariais.

Desde 96, o pior ano para as negociações coletivas foi 2003, quando apenas 16,8% resultaram em aumento real no primeiro semestre. ?Naquele ano, a inflação estava alta e o crescimento econômico, baixo. É um cenário que não ajuda as negociações coletivas?, comentou. De lá para cá, a participação dos reajustes superiores ao INPC só aumentou, passando para 45,2% em 2004, 67,4% em 2005, 81,9% em 2006 e finalmente 87,5% este ano.

Entre janeiro e junho, segundo o Dieese, 40% das negociações tiveram aumento real acima de 1,5%. Incluindo as categorias com aumento acima de 1%, a participação salta para 52,5%. ?Esse ano, além de ter aumentado o volume de negociações com reajuste acima da inflação, aumentou o percentual de reajuste?, comentou Cid Cordeiro. Em 2005, lembrou, a maior parte das negociações resultou em aumento real entre 0,5% e 1%.

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Entre os fatores que contribuíram para as conquistas salariais este ano estão o aumento do salário mínimo, que traz impacto tanto nos pisos salariais como nos reajustes, já que é utilizado como referência; piso salarial regional; crescimento da economia e inflação baixa. ?Com o bom andamento da economia, as empresas conseguem absorver os custos com maior facilidade. Já a inflação baixa, de 3% ou 4%, provoca insatisfação nos trabalhadores quando há apenas reposição, uma vez que em termos monetários a reposição representa pouco no salário?, explicou o economista Sandro Silva.

Entre as categorias que têm data-base no primeiro semestre estão trabalhadores do comércio, agricultura, asseio, vigilância, alguns ramos alimentícios. Já no segundo semestre têm data-base categorias mais representativas, porém com menor número de trabalhadores, como a dos bancários, metalúrgicos, funcionários dos Correios, do setor de telecomunicações, entre outros.

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