A nova diretora de Gás e Energia da Petrobrás, Graça Silva Foster, assumiu o cargo defendendo a atual política de preços da empresa para o gás natural, criticada pelas distribuidoras, que temem mais aumentos. "A política deve assegurar rentabilidade para permitir a manutenção dos investimentos", afirmou. Na segunda-feira, o preço do gás boliviano subiu, em média, 9%. O gás nacional aumentou 7%. O repasse às distribuidoras foi imediato.
Os reajustes são fruto de revisões trimestrais previstas em contrato e não refletem as fórmulas de cálculo que estão sendo negociadas com as distribuidoras desde a virada do ano. Graça reafirmou que a nova política vai considerar o custo dos investimentos na cadeia do gás e a comparação com os combustíveis concorrentes – óleo combustível, no caso da indústria, e gás natural liquefeito (GNL), no caso das térmicas.
"A remuneração (com a venda do gás) tem de pagar os investimentos feitos em toda a cadeia, que inclui transporte e produção", frisou, afirmando que a empresa também se preocupa em manter um preço atrativo para os clientes. "Não adianta ter rentabilidade que mate o consumidor".