Aumento forte na demanda é positivo

Foto: Arquivo/Agência Brasil

Meirelles: sinais de aumento na oferta são ótimos.

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou ontem que concorda com as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de outros integrantes do governo sobre a importância do aumento da demanda doméstica para o crescimento do País. ?Concordo totalmente que a demanda está crescendo em função principalmente do aumento da massa salarial e do emprego. Isso é muito positivo?, disse. ?E o Brasil está fazendo um grande trabalho para o aumento da oferta através do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).?

Segundo ele, os sinais de aumento da oferta são positivos e, como exemplo, citou a recente expansão da absorção de bens de capital da economia brasileira. ?Existe uma série de desafios para continuar essa tendência de aumento da oferta, nos quais o governo está trabalhando?, declarou.

Meta de câmbio

Durante palestra para cerca de 100 pessoas no Fórum Brasil 2007, Meirelles disse que ?felizmente ou infelizmente o BC não tem meta para o câmbio?. Após o evento, questionado sobre essa declaração, ele explicou que não estava fazendo ?juízo de valor?. ?Tudo depende do ponto de vista de cada um?, afirmou. ?O que eu salientei é que os fluxos comerciais com o Brasil têm sido os grandes responsáveis pela evolução da taxa de câmbio?, comentou.

O presidente do BC disse que não se sente pressionado diante das inúmeras críticas que a instituição vêm recebendo pela redução do ritmo de corte da taxa básica de juros, a Selic, e pela valorização do real. ?O que sinto é que, na medida em que a estabilidade econômica do Brasil se consolidou, a ansiedade para o País crescer mais, para uma redução maior da taxa de juros, aumentou?, observou. ?Compete ao BC cumprir sua função determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e ele vem fazendo isso.?

Meirelles ressaltou que o BC, ao reduzir a inflação e cumprir com suas funções, está dando uma contribuição fundamental para que o Brasil possa crescer mais e de forma sustentável no futuro. Questionado por um jornalista se se sentia ?um vilão? no debate sobre o crescimento econômico diante das recentes críticas, ele respondeu: ?Essa avaliação não é unânime no País, pois as pesquisas mostram que a maior parte da população brasileira apóia a queda da inflação. A política do BC é amplamente apoiada pela maioria da população brasileira?.

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