O aumento dos juros promovido pela Caixa Econômica Federal nas várias linhas de financiamento imobiliário foi marginal e a equipara aos níveis de taxas já praticados pelos demais bancos, de acordo com Octavio de Lazari Junior, presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). “O aumento foi marginal no Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que tem como ‘funding’ principal a poupança, com a maior alta de 0,50 ponto porcentual ao ano. A elevação maior foi no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) que tem funding livre e a Selic subiu muito no período”, explica Junior, em entrevista ao Broadcast.

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De acordo com ele, os demais bancos já estavam alinhados em termos de taxas de juros no crédito imobiliário, com diferenças muito pequenas. “Agora, a Caixa, com o aumento de juros, vai para uma situação absolutamente normal”, acrescenta o presidente da Abecip.

A Caixa confirmou, conforme antecipou o Broadcast, elevação em praticamente todas as linhas de financiamento imobiliário. O maior aumento de juro promovido no âmbito do SFH ocorreu na linha voltada a servidores que além de terem relacionamento com a Caixa, recebem seu salário pelo banco. O juro passou de 8,00% para 8,50%. Já no SFI, subiu de 8,80% para 10,20%. Apesar das elevações, a modalidade servidor (relacionamento + salário) segue com o juro mais atrativo praticado pela Caixa.

Já no caso do SFI, as taxas balcão foram as que mais subiram, passando de 9,20% para 11,00%. No SFH, essa modalidade foi mantida em 9,15%. O aumento de juros em todas as linhas reflete, segundo o banco, a Selic, taxa de juros básicos da economia, maior.

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A Caixa, ao lado do Banco do Brasil, liderou o movimento de redução dos juros em 2012, pressionando as instituições privadas a fazerem o mesmo. Esse caminho, porém, teve de ser alterado com o aumento da Selic para controlar a inflação. Hoje, a taxa Selic, que chegou à mínima histórica de 7,25% em 2012, está em 11,75%.