O preço do petróleo recuou ainda mais nesta terça-feira, caindo abaixo dos US$ 48, ainda refletindo o aumento dos estoques de petróleo dos EUA na semana passada e com o otimismo quanto a um possível novo aumento a ser divulgado hoje. O barril chegou a registrar ontem US$ 47,75. Foi o menor nível desde 21 de setembro, quando atingiu US$ 46,76. Às 14h09 (horário de Brasília), o barril do petróleo para entrega em dezembro, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York, estava em queda de 2,22%, cotado a US$ 48.

Em Londres, o petróleo Brent também teve recuo expressivo, caindo para US$ 44,38 – menor preço desde 23 de setembro, quando chegou a US$ 43,65.

Os preços do petróleo em Nova York já recuaram mais de 13% em relação ao preço recorde atingido em 22 de outubro (e repetido no dia 26), de US$ 55,17 no fechamento.

Na semana passada, o Departamento de Energia dos EUA divulgou um aumento de 6,3 milhões de barris em seus estoques. Foi o sexto aumento consecutivo e para amanhã, a expectativa é de que o relatório semanal do departamento registre mais uma alta.

A atividade das refinarias no golfo do México também vem aumentando, o que reduz o risco de uma falta de combustíveis – especialmente combustível para aquecedores – durante o inverno nos EUA, o que vinha sendo um dos principais fatores de aumento nos preços da commodity observado há algumas semanas.

A nova ofensiva das tropas americanas em Faluja (50 km a oeste de Bagdá), no Iraque, aumenta os temores de que os rebeldes possam intensificar os ataques contra as instalações petrolíferas do país.

Na Nigéria (sétimo maior exportador mundial do produto), o Ministério do Trabalho disse hoje que os trabalhadores do setor petrolífero que aderirem à greve geral no país, programada para o próximo dia 16, poderão perder seus empregos.

Analistas do setor dizem que esses fatores ainda podem vir a pressionar as cotações da commodity até o fim de 2004.

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