O valor da assinatura residencial e do pulso telefônico, utilizado nas ligações locais, terão um reajuste menor nos dois aumentos extras das tarifas previstos para setembro e novembro. Em compensação, a assinatura não residencial, cobrada do comércio e das indústrias, e a taxa de habilitação do telefone terão um porcentual maior de aumento. A informação foi dada ontem pelo presidente da Telefônica, Fernando Xavier Ferreira, que participou da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Palácio do Planalto. As empresas já negociaram com o governo que o aumento total não será superior a 8,7%.
Ainda não estão definidos os porcentuais de reajuste, que deverão ser divulgados até o dia 28 de agosto. A partir da próxima semana, os dirigentes das concessionárias de telefonia fixa irão se reunir com os conselheiros da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para tratar dos porcentuais de reajustes extras das tarifas. Segundo o presidente da Telefônica até o momento as negociações com a Anatel vinham sendo feitas entre técnicos.
A primeira parcela do reajuste extra das tarifas da telefonia fixa será aplicada no dia 1.º de setembro e a segunda, em 1.º de novembro. Segundo o presidente do Conselho de Administração da Telemar, Otávio Marques de Azevedo, até o dia 28 de agosto o porcentual de aumento será divulgado, já que as empresas têm que publicar os novos preços em jornais de grande circulação, por dois dias consecutivos, antes de repassar o reajuste para as contas telefônicas.
O reajuste extra se refere ao aumento das tarifas do ano passado, que seria em média de 25%, mas que em julho de 2003 caiu para cerca de 14% em razão de uma liminar da Justiça que determinou a correção pelo IPCA, em vez do IGP-DI, índice previsto nos contratos de concessão. No início de julho passado, porém, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que valia o indexador original, o IGP-DI. A diferença do aumento será cobrada em duas vezes neste semestre.