O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, avaliou que o aumento da segurança do sistema de transmissão de eletricidade, capacitando-o para suportar quedas simultâneas de linhas de transmissão tem um custo, que pode impactar as tarifas. “Contingenciar o sistema para uma ocorrência dupla custa mais e essa segurança não pode ser a qualquer custo. É preciso dosar a segurança com a modicidade tarifária”, afirmou, em audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.

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O apagão ocorrido na Região Nordeste no fim de agosto ocorreu porque duas linhas foram atingidas por queimadas, enquanto o sistema nordestino suporta a queda de apenas uma linha. Rufino lembrou que a Aneel abriu um processo de fiscalização sobre as empresas que administram as duas linhas afetadas – Taesa e Ienne – e explicou que algumas geradoras também estão sendo fiscalizadas para verificar se o processo de recomposição do fornecimento de energia foi feito da maneira adequada.

“A agência vai apurar os fatos de maneira rigorosa. O processo dá tempo para que os agentes se manifestem, e quem tiver culpa será responsabilizado”, garantiu. O diretor-geral destacou ainda que a Aneel determinou que as duas empresas limpassem imediatamente a vegetação das faixas das linhas de transmissão e enviou de maneira preventiva um alerta para todas as outras transmissoras. “Estamos em um período crítico de queimadas que podem provocar ocorrências se não houver cuidado dos agentes”, concluiu.

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