O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, disse nesta quinta-feira (5), antes de participar da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) no Palácio do Planalto, que uma das poucas armas que o governo tem para evitar o aumento da inflação é a elevar os juros.
Ontem (4) à noite, o Comitê de Política Monetária do Banco Central fez o segundo reajuste de 2008 na taxa básica de juros, a Selic, que passou de 11,75% para 12,25% ao ano.
"Uma das poucas armas que nós temos para enfrentar essa inflação – embora ela não seja uma inflação local e em parte é sobre os alimentos – é realmente a elevação das taxas de juros. Não temos muito o que fazer e temos que conviver com isso, sair da melhor maneira possível desse processo".
Miguel Jorge afirmou ainda que não acredita que a medida irá provocar uma retração na economia, o que, segundo ele, é só uma forma "dramática" de alguns encararem o problema.
"Claro que vai ter um impacto, mas claro que muito menor, pois estamos em um processo de aceleração de produção, de demanda. Até porque a Selic não é muito usada para o crédito do consumo, no varejo, automóveis e crédito imobiliário. Não acredito que tenha esse efeito como muitos estão dizendo".
