O pico de congestionamento de caminhões rumo ao Porto de Paranaguá, no litoral do Estado, chegou a 31 quilômetros no início da noite desta terça-feira (1) na BR-277. Isso porque voltou a chover ao longo da tarde, frustrando a previsão inicial de que a fila fosse diminuir, conforme vinha ocorrendo de manhã, a ponto de passar dos 30 quilômetros, registrados na madrugada, para 25 quilômetros de congestionamento ao meio-dia.

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Segundo informações da concessionária Ecovia, que administra este trecho da rodovia, a fila deverá reduzir nesta quarta-feira (2) mesmo que o tempo continue instável. A concessionária informa que o fluxo de caminhões, normalmente, é mais intenso entre domingo e terça-feira. Além disso, de acordo com a Administração dos Portos de Paranaguá (Appa), mesmo operando em condições adversas o porto tem viabilizado um giro de 1,5 mil a 2 mil caminhões por dia. Cada caminhão transporta, em média, de 30 a 40 toneladas de grãos.

Durante a noite de segunda-feira (28), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) precisou intervir e evitar a formação de fila no trecho da Serra do Mar, que é considerado perigoso, segurando os caminhões ainda na praça de pedágio.

Com a chuva constante durante toda a madrugada, não houve operação no corredor de exportação do porto nesse período, sem carregamento dos armazéns para os navios. Pela manhã, a chuva deu uma trégua e a operação foi retomada, sendo novamente interrompida no meio da tarde.

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Segundo a Appa, os operadores trabalharam intensamente nesta terça para terminar as cargas de trigo e atracar outros dois navios de soja. Os armazéns do complexo portuário estão cheios de grãos de trigo e milho, atrasados na exportação.

“Para os próximos 15 dias teremos capacidade de exportar 900 mil toneladas de grãos de soja que estão esperando nos navios. Vai faltar soja para carregar”, prevê o diretor empresarial do Porto de Paranaguá, Lourenço Fregonese. Se as condições do tempo forem favoráveis, Fregonese calcula que são necessárias 48 horas para acabar com a fila de caminhões. No entanto, a previsão meteorológica é de chuva até sexta-feira (4).

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Mesmo que a fila de caminhões diminua, até o mês de maio o Porto de Paranaguá pode ter congestionamentos esporádicos, com o aumento da comercialização, principalmente da soja, na faixa dos 20% aos 25%. “E depois, em maio, começa a exportação do açúcar”, lembra Fregonese.

Carregamento

Um dia de chuva, quando a carga não é transportada dos armazéns para os navios, significa que o porto deixa de embarcar de 50 mil a 70 mil toneladas de grãos. O Porto de Paranaguá consegue atender simultaneamente cinco navios. Com tempo bom, até 100 mil toneladas conseguem ser exportadas, com operação 24 horas.