Foto: Valquir Aureliano |
Bancários pedem 11,77% de reajuste continua após a publicidade |
De acordo com a entidade, os setores administrativos do HSBC e da Caixa Econômica Federal aderiram à paralisação, e se contabilizados os trabalhadores terceirizados, cerca de 10 mil bancários estão sem trabalhar na cidade. Também ontem a Delegacia Regional do Trabalho (DRT-PR) constatou que bancos estão agindo de forma ilegal para não ficarem parados.
A DRT-PR informou que dois de seus delegados estiveram ontem no centro de serviços do Banco HSBC da Vila Hauer e observaram a presença de colchões, cobertores e malas dentro de um recinto do banco. A DRT foi ao local após denúncia do Sindicato dos Bancários de que os trabalhadores estariam em cárcere, dormindo dentro do local de trabalho.
Para o chefe da Seção de Inspeção do Trabalho (Seint), Luiz Fernando Busnardo, que esteve no local, esses são indícios de que realmente há a permanência de alguns trabalhadores dentro da agência fora dos horários rotineiros de trabalho. Dentro de 10 dias o laudo com as infrações cometidas pelo banco estará pronto. No entanto, Busnardo adianta que a instituição deverá ser autuada por excesso de jornada, não concessão de períodos de descanso e trabalho em dias que deveriam ser de folga.
Para quem necessita utilizar serviços bancários, o conselho é ligar antecipadamente para saber se a agência estará ou não aberta ou que utilize os caixas eletrônicos ou um dos mais de 46 mil correspondentes bancários distribuídos pelo País. No caso de ser cliente do banco, a melhor saída é utilizar os serviços telefônicos ou on-line.
Com a adesão de Rondônia e Tocantins, Roraima é o único estado fora da greve. Os bancários pedem reajuste de 11,77%, participação nos lucros maior (um salário mais valor fixo de R$ 788 acrescidos de 5% do lucro líquido distribuídos de forma linear entre os funcionários), garantia de emprego e 14.º salário, entre outras coisas. Já os bancos oferecem 4% de reajuste, abono de R$ 1 mil e participação nos lucros de 80% do salário mais R$ 733 fixos. Estava marcada para ontem, às 20h, em São Paulo, mais uma rodada de negociações entre sindicatos e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e uma entre sindicatos e a Caixa Econômica Federal.