Os auditores da Receita Federal aprovaram, na terça-feira à noite, em assembléia nacional, o início de uma greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira (18).
Segundo o Unafisco (Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal), caso não haja acordo com o governo, o resultado será menos profissionais disponíveis para o atendimento ao contribuinte com dúvidas sobre a declaração do Imposto de Renda.
Ficará mais complicada, também, a entrada e saída de pessoas do País – porque o corpo de atendentes cairá para 30% do total -, entrave nas investigações do Fisco, que abriu inquérito contra 37 mil pessoas suspeitas de sonegação do IR e, por fim, complicações no comércio exterior.
Para o Unafisco, o menor prejuízo será com relação ao atendimento de dúvidas do IR, porque as 73 delegacias sindicais que existem em todo o Brasil serão responsáveis pelo serviço.
Os profissionais querem reajuste salarial de 38,46%, de R$ 13 mil para R$ 18 mil mensais – equiparando-se, assim, ao valor recebido pelos delegados da Polícia Federal.
A promessa de reajuste veio no ano passado, mas foi deixada de lado após o Senado barrar a prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), que neste ano renderia R$ 40 bilhões aos cofres públicos.
Atualmente, a Receita possui 12 mil auditores ativos, dos quais 90% estão em estágio avançado de carreira, com salário médio de R$ 13,3 mil.