Auditores fiscais da Previdência Social no Paraná decidiram, ontem, paralisar suas atividades nesta terça e quarta-feira, aderindo à greve nacional da categoria que está parada desde o dia 24 de maio. A decisão foi tomada depois de uma reunião na sede do Sindicato (Sinfispar).
A reivindicação da categoria é que seja aprovado o Projeto de Conversão em Lei n.º 15, resultante do relatório do deputado Roberto Pessoa (PFL-CE), que substitui o texto original da Medida Provisória 2.175-29. O projeto do deputado está tramitando no Congresso e organiza as carreiras dos auditores federais e as suas remunerações. A pressa é por que o prazo para alterações nas leis que regulamentam os servidores federais, em virtude das eleições deste ano, acaba em 6 de julho.
Segundo Marcos Rodrigues, diretor do Sinfispar, os três principais pontos que descontentaram a categoria foram: a mesma remuneração para ativos e aposentados; o piso, que em 2002 passou para R$ 2.700,00, quando em 99 era de R$ 4.000,00, desestimulando a entrada de qualificados; e o critério de avaliação pelo tempo de serviço. Ele alega que o adicional de tempo está congelado desde l996.
No Paraná, são 220 auditores fiscais na ativa e 450 aposentados. Eles estão distribuídos em cinco regiões, nas cidades de Curitiba, Londrina, Ponta Grossa, Maringá e Cascavel.
A categoria volta a se reunir na quinta-feira e, dependendo da decisão adotada em Brasília, a paralisação pode continuar. A briga do Sindicato é para que a discussão e aprovação da lei não fique ainda para o próximo governo.