A primeira audiência de conciliação envolvendo a Sabesp e o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema) terminou sem acordo. No entanto, a estatal se comprometeu a paralisar as demissões e o sindicato concordou em manter as atividades até que o processo seja julgado pela relatoria no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, o que deve acontecer na próxima semana – depois da data prevista para início da greve pelo Sintaema.
O sindicato, porém, ainda pode optar por iniciar a greve na próxima quinta-feira, 19, como era previsto inicialmente. Uma assembleia convocada para o dia 18 vai decidir pela paralisação ou pela manutenção do acordo feito nesta segunda-feira, 16, sob a mediação do Tribunal.
“Ainda existe a possibilidade de a greve começar no dia 19. A solução não é só suspender as demissões. Queremos que a empresa readmita trabalhadores ou abra concurso para contratar”, disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o secretário-geral do Sintaema, Antônio da Silva. “No dia 18 vamos avaliar e decidir se suspenderemos a greve ou não”, acrescentou, argumentando que isso dependerá de um posicionamento da Sabesp.
Na última quinta-feira, o Sintaema entrou com uma ação cautelar no Tribunal após cortes realizados pela Sabesp que caracterizariam “dispensa em massa”. O sindicato, que contabiliza 399 demissões em todo o Estado, fez pedido liminar para que os trabalhadores dispensados sejam reintegrados.
Na audiência realizada hoje, o presidente do Sintaema, Renê Vicente dos Santos, afirmou que a Sabesp dispensou mais de 2% de seu quadro de funcionários, o que caracterizaria “demissão em massa”. A companhia, por sua vez, alegou que os desligamentos ocorridos têm respaldo em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado anteriormente com o Ministério Público, que prevê a dispensa de pessoas já aposentadas.)