Atual logística para bacia de Santos é suficiente até 2017, diz estatal

A Petrobras deverá anunciar “em breve” o seu novo plano de logística para a bacia de Santos, disse hoje (17) o gerente-geral da Unidade Operacional da Bacia de Santos, José Luiz Marcusso.

Ele admitiu que a empresa irá precisar de pelo menos mais um aeroporto para atender a produção do pré-sal.

O atual esquema logístico, no entanto, deverá ser suficiente nos próximos quatro a cinco anos, disse o executivo.

Atualmente, a produção da bacia de Santos gira em torno dos 135 mil barris diários de petróleo (após a conclusão do sistema de produção antecipada de Iracema Sul). A previsão é que em 2020 que próxima a 2 milhões de barris diários.

Marcusso negou que tenha havido corte de investimentos nos planos da companhia para a região, lembrando que apenas na nova sede, em Santos, estão sendo investidos R$ 400 milhões.

Do total de US$ 236,5 bilhões previstos para serem investidos entre 2012-2016 pela Petrobras, US$ 90 bilhões serão aplicados na bacia de Santos, reforçou Marcusso.

Além das concessões do pré-sal, adquiridas em leilões da ANP (Agência Nacional do Petróleo) antes da implantação do sistema de partilha, o sistema da bacia de Santos abrange também a chamada cessão onerosa, área recebida pela Petrobras da União em troca indireta por ações da empresa e onde poderão ser produzidos 5 bilhões de barris de petróleo.

A revisão do plano para a logística da bacia de Santos, segundo o gerente-geral, foi necessária após a Petrobras inaugurar, no Rio de Janeiro, um Centro de Armazenamento de petróleo, que possibilita planejar melhor as reais necessidades da empresa na baixada santista.

“A Petrobras hoje está reavaliando esse plano, enquanto contratou a área de armazenamento no Rio e em breve vai anunciar”, limitou-se a informar Marcusso.

Produção

Um problema em um compressor no sistema de produção do campo de Lula provocou uma parada parcial da produção no final de setembro e diminuiu a produção no mês passado, disse José Luiz Marcusso.

Segundo Marcusso, o problema já foi resolvido e a perda não será expressiva. Ele não soube informar, no entanto, de quanto seria a queda.

A produção do pré-sal já havia apresentado queda em agosto em relação a julho –de 172 mil barris de petróleo diários para 168 mil.

O gerente-geral de Lula disse que a produção cairá em setembro porque a empresa teve que adequar a extração de petróleo ao limite estipulado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) para a queima de gás natural no campo -3% da produção total.

Símbolo do pré-sal por ter sido o primeiro campo a entrar em operação na bacia de Santos, Lula está produzindo cerca de 90 mil barris diários (60 mil da Petrobras e o restante de sócios). A produção tem oscilado entre 87 mil e 92 mil barris diários em quatro poços interligados.

Lula receberá mais dois poços para atingir o limite do sistema de produção da plataforma Cidade Angra dos Reis, de 100 mil barris diários, que compensarão o declínio dos primeiros poços produtores.

Para evitar que o declínio dos poços seja mais acentuada, a Petrobras está injetando água nos poços do campo de Lula, disse Marcusso. “Injetando água para repor faz com que a pressão não caia tão rapidamente”, disse o gerente-geral durante a Santos Offshore, feira do setor que está sendo realizada em Santos.

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