A vontade de conseguir um emprego e conquistar uma renda extra neste início de ano está fazendo com que a disputa por vagas temporárias oferecidas pelo comércio para o período de Páscoa seja grande. Esta semana, em Curitiba, muita gente desempregada está enfrentando fila em frente a uma agência de trabalhos temporários, a Pró-Eventos, na esperança de conseguir uma colocação.
?Estamos oferecendo quatrocentas vagas na capital e trezentas no interior. Todas para promotores de vendas, demonstradores de produtos, trabalhos de fidelização de marcas e abordagem de clientes, por período que varia de trinta a quarenta dias e remuneração média de R$ 1 mil?, comenta a diretora operacional da Pró-Eventos, Débora de Macedo Matos.
Ao contrário do que a maioria dos candidatos espera, as vagas não são apenas para trabalhar com chocolate. Na Páscoa, também costumam aumentar seus efetivos estabelecimentos que atuam no ramo de telefonia, perfumaria e bebidas. ?O chocolate deixou de ser presente exclusivo no período de Páscoa e outros setores também têm percebido aumento de suas vendas.?
Segundo Débora, a maioria das pessoas que procuram emprego temporário, seja na Páscoa ou no Natal e no Dia das Mães, é bastante jovem. Entretanto, idade não é o principal requisito para se conseguir uma colocação. Na maioria das vezes, o que se exige do candidato é boa capacidade de comunicação e talento para trabalhar com o público. ?O trabalho temporário serve como uma vitrine para a pessoa que está desempregada, muitas vezes dando-lhe a oportunidade de conseguir uma recolocação no mercado. No geral, entre 30% e 40% dos trabalhadores temporários acabam se tornando fixos.?
Candidatos
A jovem Jéssica da Silva, de 19 anos, era uma das dezenas de pessoas que ontem esperavam na fila para se candidatar a uma vaga para o período de Páscoa. Desempregada há nove meses, ela vê na colocação temporária uma oportunidade de conseguir um emprego fixo. ?Se eu conseguir uma colocação temporária, vou me esforçar bastante para que ela se torne definitiva. Quero mostrar serviço?, afirma.
Já o operador de impressão Marcelo Ferreira de Souza, de 25 anos, que também estava na fila, está desempregado há um mês e deseja voltar a trabalhar na área de informática. Entretanto, resolveu se candidatar a uma vaga temporária no comércio como forma de conseguir uma renda extra para o sustento da esposa e do filho. ?Quero voltar a trabalhar em minha área de atuação. Porém, um serviço temporário vai me ajudar financeiramente neste período em que estou parado?, diz.