Indicador antecedente da produção industrial, o Índice Gerentes de Compras (PMI) do Banco HSBC mostra que em agosto a atividade fabril brasileira deu mais um passo em direção à recuperação. O índice subiu de 48 em julho para 50,6 no mês passado, e ficou acima da marca de 50, o que sinaliza expansão, pela primeira vez depois de setembro de 2008.
“Embora seja uma expansão ainda tímida, trata-se de um número encorajador, já que a indústria manufatureira foi o segmento que mais sofreu com o colapso da demanda externa e a retração do crédito no quarto trimestre do ano passado”, disse o economista-chefe do HSBC, Andre Loes. “O número de agosto é uma boa notícia, e reforça a visão de uma recuperação consistente da atividade industrial.”
O PMI tem base em dados compilados pela empresa de serviços de informação financeira inglesa Markit Group, apoiado por respostas mensais a questionários enviados a executivos encarregados por compras em mais de 450 empresas industriais.
É uma consolidação de dados com base em cinco índices individuais: novos pedidos, produção, emprego, prazo de entrega dos fornecedores e estoque de insumos.
“O mercado doméstico segue liderando a recuperação, ao mesmo tempo em que o emprego ficou praticamente no mesmo nível do mês anterior, após um período de contração sistemática”, disse o economista do HSBC. “A expansão mais vigorosa da produção (o índice passou de 49,8 para 52,2) e o índice de pedidos em atraso ligeiramente acima do neutro sugere que a utilização da capacidade começa a elevar-se.” Um índice acima de 50 indica um aumento global nessa variável. Abaixo de 50, indica um decréscimo global.
