O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou hoje, durante evento em Washington, nos Estados Unidos, que a perspectiva global tem sido favorável e que a atividade continua no caminho de recuperação gradual, sem pressionar as condições financeiras das economias avançadas.

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“O processo de normalização da política monetária em economias avançadas tem sido baseado no gradualismo, na transparência e tem focado em não colocar em risco o crescimento incipiente no mundo”, avaliou. “Apesar de episódios ocasionais de volatilidade relacionados a eventos geopolíticos, este ambiente está favorecendo as economias emergentes, que continuam a se beneficiar das menores taxas de juros, do dólar mais fraco e do baixo risco.”

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Por outro lado, Goldfajn retomou uma ideia presente nas comunicações mais recentes do Banco Central: a de que os países emergentes não devem tomar este desenvolvimento externo benigno como permanente e precisam trabalhar em suas próprias vulnerabilidades. Segundo ele, uma condição mais apertada pode ser menos favorável aos emergentes nos próximos anos.

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Goldfajn afirmou ainda que a economia brasileira mostra maior capacidade para absorver contratempos ocasionais na economia global, graças ao robusto balanço de pagamentos, à baixa inflação, às expectativas ancoradas e à perspectiva de recuperação econômica.