Depois de dois meses consecutivos de baixa, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) trouxe alívio ao demonstrar certa estabilidade na margem em maio, conforme informou nesta sexta-feira, 17, a instituição. Em maio, o indicador teve alta de 0,03%. O resultado, no entanto, ficou abaixo da mediana das estimativas apuradas pelo AE Projeções, de +0,10%, com 20 instituições financeiras. O intervalo dessa amostragem ia de -0,40% a +0,50%.
O indicador passou de 142,51 pontos (dado revisado) em abril na série dessazonalizada para 142,55 pontos em maio. Na série observada, é possível identificar uma redução de 1,72% nos 12 meses encerrados em maio. Nos primeiros cinco meses deste ano, a retração acumulada já está em 2,78%.
Na comparação entre os meses de maio de 2015 e de 2014, houve diminuição de 4,75% também na série sem ajustes sazonais. Na série observada, maio encerrou com o IBC-Br em 140,82 pontos, ante 142,63 pontos de abril.
O indicador de maio de 2015 ante o mesmo mês de 2014 mostrou um resultado negativo um pouco mais forte do que o apontado pela mediana (-4,20%), se aproximando do teto das previsões (-3,40% a -5,10%) dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções.
No Relatório Trimestral de Inflação de junho, o BC apresentou previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2015 de -1,1%. O Ministério da Fazenda, conforme informou a Receita Federal esta semana, trabalha com uma projeção ainda pior, de retração econômica de 1,5%.
O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. Vale lembrar que, no Relatório Trimestral de Inflação de março, o BC destacou que, em função da migração das contas nacionais brasileiras para o Sistema de Contas Nacionais 2010 (SCN 2010) feita pelo IBGE, o IBC-Br “deverá experimentar revisões na série histórica ao longo dos próximos meses”. Isso porque o BC passará a refletir a incorporação das mudanças metodológicas e as novas informações disponibilizadas pelo Instituto.